Quando era criança vivia pensando. Por que ser corinthiano? Como seria minha vida se eu fosse 5ão Paulino ou Palmeirense por exemplo? Por que torcer para um time que tantos odeiam? Por que? Vivia procurando as respostas, mas algo dentro de mim me deixava feliz de desde cedo ter o prazer de defender nas conversas tanto com crianças da mesma idade, quanto com adultos o Sport Club Corinthians Paulista, não sei por que, nem como, mas todas as vezes que vinha aquele tio chato ou aquele amigo do meu pai que torcia para outro time e tentava me convencer a mudar de clube, eu logo rebatia: AQUI É CORINTHIANS, batendo no peito.
Logo aquela criança foi crescendo e aos poucos o amor aumentando, mas ainda não era existia aquela paixão por futebol, apenas acompanhava a posição no campeonato e via alguns jogos com meu pai quando eram transmitidos pela televisão, já que não tínhamos tv a cabo.
Quando o Corinthians caiu para a segunda divisão no auge dos meus treze anos senti bastante, no dia lembro como se fosse hoje, estávamos no centro de Ubatuba, minha cidade e assistimos ao jogo em uma tv que encontramos atrás de uma das barraquinhas da feira hippie. No fim do jogo a avenida ficou em cacos, o que mais tinha eram torcedores de outras torcidas rindo dos que estavam chorando. Nesse dia o olho do meu pai encheu de lágrima, mas não deixou-as escorrerem. Voltamos pra casa e no caminho o que podíamos ver era pessoas enroladas no manto chorando e sendo consoladas. Mas não se via ninguém abandonando a camisa, e sim usando para enxugar as lágrimas e seguir em frente.
No fim daquele dia saí anoite junto à um amigo santista e sua mãe, não tinha ficado tão abalado, não tinha absorvido ainda o tamanho do problema. Chegando na festa ecoou o grito "ao ao ao segunda divisão".
Foi triste, mas encarado como uma piadinha.
No ano seguinte, já com 13 anos descobri que tinha uma grave doença na perna e que tinha que fazer uma cirurgia de grande risco, ficando 6 meses de repouso.
Era o ano que o Corinthians disputava a segunda divisão. Alí, sobre uma cama comecei a entender o que era ser Corinthiano. Foi naquela hora que assistindo aos jogos notei as faixas e todo o apoio da fiel torcida diante de um time sem estrelas sendo reerguido aos poucos. Contava o dia para o Corinthians jogar, acompanhava tudo pela Rede TV, com comentários de ninguém menos que o Ronaldo Giovanelli e sentia a emoção quando a câmera mostrava o Pacaembu lotado. E digo a todos que me perguntam que foi nessa época que virei realmente um corinthiano apaixonado.
Chorei quando o Corinthians perdeu a Copa do Brasil, mas chorei mais ainda quando garantimos a vaga de acesso, me arrepia até hoje a lembrança da festa que foi, da união daquele grupo e da superação e vitória, apoiadas pela fiel que em momento algum abandonou o time.
De lá pra cá, não consigo hoje ficar sem ver um jogo e se por necessidade não puder assistir, logo em seguida eu vou procurar saber quanto foi, como foi e quantos foram ao estádio.
Ser Corinthiano pra mim, é ser guerreiro, é ser fiel, é ser FELIZ. E hoje, com meus 16 anos não consigo me imaginar sem ser Corinthiano, provavelmente eu não teria animo de vida, ou viveria incompleto. Seria impossível eu não nascer Corinthiano.
Amanhã tem vídeo sobre o que é ser Corinthiano, aceito sugestões.
AQUI TEM UM BANDO DE LOUCO, LOUCO POR TII CORINTHIANS!!
@lucasgustavo10
Salve Fiel...
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